Recortes 1
Um compilado com textos curtos que escrevi nos últimos anos. Eles estão aqui na íntegra, sem ajustes.
1
Sempre que existir uma possibilidade de fazer algo, faça. Não se prenda. Não se limite. Muitas vezes, pensei demais e fiz pouco. Ou nada fiz. E isso resultou em uma imensa frustração. Errar faz parte do processo. E você vai errar. Vai se arrebentar. Vai cair e pode ficar lá um tempo. Mas quando se levantar, vai estar mais forte. E as dore e cicatrizes dessa queda vão te ajudar e não cair novamente por aquele motivo. Sei que pode soar muito positividade tóxica. Mas é verdadeira se pensarmos o quanto temos medo de arriscar por medo. Ai a gente se pergunta, medo de que verdade?
É um sistema binário ou 0, ou 1. Ou, sim, ou não. Simples assim.
Perdemos muito querendo acertar e ganhamos pouco querendo nunca perder.
2
Talvez poucas pessoas saibam, mas a influência do Jô na minha vida é imensa. Me lembro desde criança assistir às entrevistas dele. Desde o onze e meia, até quando ele voltou com o programa do Jô. Chegava da escola (no ensino médio estudei a noite), já ligava a TV e jantava assistindo às entrevistas do dia.
Foi com seu humor que entendi e aprendi que fazer pessoas rirem é o melhor remédio, o melhor flerte e a melhor maneira de fazer a diferença na vida delas. Foi com seus livros que tomei ainda mais gosto pela literatura e pela escrita. Foi com suas entrevistas que tomei o gosto por conhecer e entender mais a história das pessoas. Ele mostrou — genial como sempre — o quanto as pessoas são ricas em histórias. Foi com as “meninas do Jô” que tomei gosto por política, por entender, por conhecer e por discutir (de maneira sempre civilizada). Foi com suas falhas, que entendi que é preciso ter limites. Foi com sua generosidade que entendi que muitas vezes pessoas precisam apenas de uma oportunidade para mostrar seu trabalho e talento. Foi com sua competência que entendi que fazer o que se ama, é um privilégio. Com sua resiliência, entendi que é preciso se reinventar, mesmo fazendo a mesma coisa.
Foi com Jô que ri, que aprendi demais e que hoje, o dia fica um pouco menos engraçado…
Viva Jô.
3
Escrever possivelmente é a única coisa que sei fazer razoavelmente bem nessa vida. Convicto de minha mediocridade controlada transformei em profissão. Posso não ganhar dinheiro com a fartura de qualquer outro ofício, mas pelo menos faço amizades e amores entre uma página e outra...
Afinal de contas, escritor pode até morrer de fome, mas não morre de solidão.
4
Uma foto não me define. Um documento não me define. Uma @ não me define. Muito menos uma #. Nem um tênis ou uma roupa. Nem uma música. Nem um texto. Não tenho definições. Definir é resumir. É limitar a um conjunto de coisas. Eu não sou assim. Eu não me limito. Porque passei tempo demais da minha vida tentando me definir. Sou eu. Minha definição é não ter definições. Não tem padrões. É ser eu. Simplesmente complexo. Singularmente plural. Um dia é sol, outro é chuva. Um dia risadas, outro lagrimas. Perdi para encontrar. Corri para hoje caminhar a observar a vida da maneira como eu quero que ela seja vista. Meus olhos. Apenas os meus. Porque eu faço minhas regras. Meu corpo. Meus sentimentos. Meus sentidos. Faço minhas manhãs e minhas noites. Faça. Posso não ter tudo que desejo nesse momento, posso ter ainda momentos tristes e ruins, mas sabe de uma coisa, melhor do que viver sem definições e viver a sua própria vida.
A edição de hoje é mais curta e pessoal. Espero que gostem!
Espero que tenham gostado da quinta edição da ptxt! Mandem seus comentários, sugestões ou críticas!
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